terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Aprovada indicação de vacina do HPV para prevenção de câncer anal

14/01/2013 12:30 - Portal Brasil

A vacina, disponível somente em clínicas particulares de saúde, já era usada também para prevenir o câncer de colo de útero, vaginal e verrugas genitais
EBC De acordo com o Inca, foram registradas 274 mortes por câncer anal no Brasil em 2010, sendo 98 em homens e 176 em mulheres Ampliar
  • De acordo com o Inca, foram registradas 274 mortes por câncer anal no Brasil em 2010, sendo 98 em homens e 176 em mulheres
Foi divulgado nesta segunda-feira (14), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovação para indicação da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) também para prevenir o câncer anal. A aplicação é recomendada para ambos os sexos, na faixa etária de 9 a 26 anos.
A vacina, disponível somente em clínicas particulares de saúde, já era usada também para prevenir o câncer de colo de útero, vaginal e verrugas genitais.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram registradas 274 mortes por câncer anal no Brasil em 2010, sendo 98 em homens e 176 em mulheres. Os tumores aparecem no canal e nas bordas externas do ânus. A doença no canal do ânus é mais frequentes em mulheres, e nas bordas, nos homens. É uma doença considerada rara e com grande possibilidade de cura quando detectado em estágio inicial. Representa 1% a 2% de todos os tumores do cólon e de 2% a 4% de todos os tipos de câncer do intestino grosso.
Alterações intestinais, presença de sangue nas fezes, dor, coceira, secreções incomuns são os sinais mais comuns. Segundo o Inca, exames que avaliam o reto e o ânus (como o toque retal) são eficazes para identificar a doença precocemente. As pessoas com mais de 50 anos, fumantes, infectadas pelo HPV e com feridas no ânus são as mais suscetíveis à esse tipo de câncer. De acordo com o Inca, os tumores anais estão relacionados a doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, gonorreia e clamídia.

HPV (Papiloma vírus humano)
HPV é a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente.
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos. Os vírus HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.
Estudos comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre são capazes de eliminar os vírus.
Transmissão
A transmissão é por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Também existem estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Já as infecções subclínicas são encontradas no colo do útero. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica ou subclínica em outras regiões do corpo é bastante raro.
Prevenção
O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis.

Como podem ser diagnosticados

As verrugas genitais encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou em qualquer área da pele podem ser diagnosticadas pelos exames urológico (pênis), ginecológico (vulva) e dermatológico (pele). Já o diagnóstico subclínico das lesões precursoras do câncer do colo do útero, produzidas pelos papilomavírus, é feito por meio do exame citopatológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais.
Mais informações podem ser obtidas no portal do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Mas, o mais aconselhável é, procurar um médico e manter sua prevenção em dia.

Fonte:

Agência Brasil
Instituto Nacional do Câncer

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