sábado, 26 de maio de 2012

HIDROCEFALIA

Hidrocefalia


Por Débora Carvalho Meldau





A hidrocefalia (palavra derivada do grego hidro=água; céfalo=cabeça) é um acúmulo excessivo de fluído (líquido cefalorraquidiano) dentro dos ventrículos (espaços no cérebro) ou do espaço subaracnóide.
 
Este fluído é formado nos ventrículos, circula através do sistema ventricular e é absorvido para a corrente sanguínea. Possui diversas funções e, dentre elas, protege o encéfalo e a medula espinhal contra choques, agindo como uma almofada. A afecção em questão surge quando há um desequilíbrio entre a quantidade produzida desse líquido e a quantidade que é absorvida.
Esse desequilíbrio pode ocorrer devido a uma obstrução na drenagem do líquido para o sistema sanguíneo, ou também, ocorrer por outras razões, como excesso de produção do líquido cefalorraquidiano. Consequentemente ao aumento de líquido cefalorraquidiano, ocorre uma dilatação dos ventrículos, levando ao aumento da pressão dentro do crânio.
Esta doença pode ter causa congênita, sendo elas relacionadas principalmente a três causas:
Já nos casos de hidrocefalia adquirida, as causas podem ser:
Classifica-se a hidrocefalia de acordo com sua causa:
  • Obstrutiva ou não-comunicante: é quando há um bloqueio no sistema ventricular do cérebro, impedindo que o líquido cefalorraquidiano flua normalmente pelo cérebro e medula espinhal. Esta obstrução pode surgir no nascimento ou até mesmo após.
  • Não-obstrutiva ou comunicante: é resultante da baixa produção do fluído ou de sua absorção. É mais comum de ocorrer quando há sangramento no espaço subaracnóideo, sendo que pode estar presente ao nascimento ou surgir depois.
  • Pressão normal: este tipo é uma hidrocefalia adquirida comunicante, onde os ventrículos estão dilatados, no entanto, não há aumento de pressão, aparecendo com maior frequência em pessoas idosas. Resulta de um trauma ou doença, porém as causas ainda não estão totalmente elucidadas.
Indivíduos que sofrem de hidrocefalia podem apresentar problemas de aprendizagem, geralmente associados com problemas de concentração, de raciocínio lógico, memória curta, problemas de coordenação, de organização, dificuldades de localização no tempo e nos espaço, problemas de motivação, puberdade precoce ou dificuldades visuais. Outros sinais que podem surgir são: rápido crescimento da cabeça, tornando-se excessivamente grande; irritabilidade; ataques epiléticos; cefaléia; dificuldades de locomoção; perda das habilidades físicas; alterações de personalidade; êmese; letargia.
O método diagnóstico mais eficaz e rápido é a ultra-sonografia, podendo diagnóstica a hidrocefalia no feto durante a gestação. Para delimitar a área afeta, podem ser feitos outros exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética. O diagnóstico precoce é importante, pois quanto antes iniciado o tratamento, menor são as chances de seqüelas.
O tratamento geralmente é medicamentoso, mas pode também ser cirúrgico, através da drenagem do líquido cefalorraquidiano presente em excesso nos ventrículos, redirecionando-o para outras cavidades do organismo.
Fontes:
http://fgbezerra.sites.uol.com.br/hidro.htm
http://www.copacabanarunners.net/hidrocefalia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?237
http://www.sistemanervoso.com/pagina.php?secao=1&materia_id=442&materiaver=1


FOTOS QUE EXPLICAM A MIELOMENINGOCLE

ESPINHA BÍFIDA


A Mielomeningocele é causada por malformação da coluna vertebral, que provoca alterações no sistema nervoso. Ela se manifesta por paralisia, falta de sensibilidade e de controle vesical, intestinal e hidrocefalia. O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar e especializado, que permite a reabilitação destes pacientes, superando limitações e integrando-os á sociedade. Mieloningocele ocorre em freqüência aproximada de 0,4 por 1000 nascidos vivos e está associada a hidrocefalia em 85% a 90%, sendo as avaliações sobre cognição esparsas na literatura. Quarenta e cinco crianças com hidrocefalia derivada e mielomeningocele foram analisadas quanto ao QI, que foi estatisticamente correlacionado com o nível motor, idade da primeira derivação, número de revisões, infecção e perímetro cefálico. No entanto, esta patologia pode ser prevenida com a ingestão de acido fólico (a vitamina B9) antes do período de gestação. A meta do fisioterapeuta ao se deparar com uma criança com mielomeningocele ou qualquer outra doença do tubo neural, deve se promover o desenvolvimento o mais próximo possível do normal, de acordo com suas limitações neurológicas, de forma a atingir o máximo de independência possível. Portanto, os objetivos da fisioterapia podem ser resumidos em: promoção das habilidades físicas que levam a independência, aquisição da mobilidade independente, seja deambulando ou através de cadeira de rodas e prevenção da instalação de deformidades.

Referências bibliográficas:
http://www.eean.ufrj.br/REVISTA_ENF/20094/artigo%203.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

 
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